Angola confiante com o cumprimento do acordo com o FMI.
Em entrevista a Bloomberg, a Secretária de Estado para o Orçamento e Investimento Público, Aia – Eza Nacília Gomes, afirmou que Angola está confiante no cumprimento do acordo assinado com o FMI, e que o pagamento da segunda tranche, avaliada em 248 milhões de dólares, foi uma enorme conquista para o país.
A entrevista pode ser seguida na Bloomberg (CLIQUE NA IMAGEM).
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O Fundo Monetário Internacional aprovou um novo financiamento no valor de 248 milhões dólares (219 milhões de euros) para Angola na sequência da conclusão da primeira avaliação do programa de apoio concedido ao país, informou a instituição em comunicado divulgado em Junho de 2019.
O mesmo documento acrescenta que com este novo financiamento, o montante total concedido a Angola ao abrigo do Programa de Financiamento Ampliado ascende aos 1.24 mil milhões de dólares (1.09 mil milhões de euros).
O Programa de Financiamento Ampliado foi aprovado a 7 de dezembro de 2018 e prevê uma duração de três anos, permitindo o acesso a um financiamento global de 3.7 mil milhões de dólares (3.2 mil milhões de euros) e a assistência técnica para apoiar o Programa de Estabilização Macroeconómica e o Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022.
O FMI considerou a primeira avaliação positiva, apesar de Angola apresentar ainda muitos desafios, tendo dado destaque ao facto de estar a viver um período de maior incerteza do preço de petróleo, condições financeiras externas mais restritivas e um crescimento económico global lento.
A instituição encorajou as autoridades angolanas a continuarem com as reformas, apostando na diversificação económica, bem como na estabilização do sistema financeiro. O FMI apoiou também os esforços de consolidação orçamental, isto é, a melhoria da qualidade da despesa, a redução dos subsídios a preço e de bens fixados e aplicação de medidas de diversificação da base das receitas não petrolíferas.
O conselho de administração do FMI recomenda mais esforços para mitigar os riscos que se colocam à sustentabilidade da dívida, bem como acelerar a reestruturação das empresas públicas. Contudo, o FMI saudou o Executivo pelo esforço que tem desenvolvido para melhorar a gestão do risco de crédito nos bancos públicos bem como o seu sistema de governação.
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